terça-feira, 24 de setembro de 2013

Qual é, Mano?

O pedido de demissão de Mano Menezes do Flamengo ficou, no mínimo, muito mal explicado.



Vejamos:

O Flamengo acaba de sofrer uma goleada patética, dentro do Maracanã, depois de iniciar a partida parecendo que golearia o Atlético-PR. Leva uma virada por 4 a 2, após estar vencendo por 2 a 0, embora isto não seja nenhuma novidade para a torcida rubro-negra, que já está se acostumando a pagar, pelo menos, um grande mico por ano.

Mano Menezes comunica sua decisão aos jogadores pessoalmente no vestiário, por SMS ao Vice-Presidente de Futebol - Wallim Vasconcellos - e o Presidente do clube fica sabendo pelo rádio. Diante das tentativas dos atletas em demovê-lo da ideia (vistas, inclusive, pela imprensa enquanto Mano tentava adentrar a sala da coletiva), Mano pede que respeitem sua decisão.

Ao chegar na mesa, não admite perguntas. Apenas comunica sua saída, dizendo que não conseguira passar para os atletas aquilo que pensava sobre futebol. Este discurso contradizia todo o mês anterior, quando ele enxergara uma evolução na equipe.

Depois começam as especulações.

A festinha na casa de Carlos Eduardo, o acidente automobilístico de André Santos na mesma noite, a falta de pulso da direção do clube diante destas situações. Qualquer coisa acaba virando motivo pra explicar o inexplicável.

E por que é inexplicável?

Porque Mano conhecia seus atletas. Alguns há muito tempo. Sabia com quem iria trabalhar quando topou o emprego no Flamengo.

Além disso, sabia do projeto pés-no-chão do clube. Portanto, não poderia reclamar da ausência de grandes reforços. Pelo menos, por enquanto.

Quanto a festa no dia de folga dos atletas, a direção não tem o que fazer. Nem ele. É o dia de folga, e nele os atletas podem fazer o que quiser.

Se isto prejudicar o desempenho dentro de campo, é papel do treinador escalá-lo ou não. Portanto, se Carlos Eduardo era dado a festas fora do expediente (e estas não são de hoje), deveria passar mais tempo no banco de reservas. Contrário a isto, era escalado em campo com inexplicável constância, já que muitas vezes parecia um jogador de totó, de tão parado.

Outros boatos dão conta de que Mano queria estar disponível no mercado, visando um dos dois clubes que encontram-se em crise e cuja boataria de troca de treinador cresce a cada dia.

Tanto no Inter, com Dunga, como no Corinthians, com Tite, iniciou-se aquele tipo de noticiário que precede a queda do treinador.

Embora não haja nenhum tipo de confirmação desta versão, a ausência de explicação plausível para a saída de Mano do Flamengo colocaria sob suspeita uma possível contratação dele por algum destes dois clubes.

Em tempos de criação de uma federação de treinadores de futebol, reivindicando o respeito aos contratos pelos clubes, a saída de Mano do Flamengo põe água nesse chopp.

Fora o tal do "projeto", que os treinadores tanto prezam.

Com a palavra, Mano Menezes.


Valeu,

Bruno Porpetta

N.E.: Falando como torcedor do Flamengo, não me agrada nada essa história de Abelão no lugar de Mano. Nada contra o profissional, mas contra o esquema que ele costuma adotar que, na minha opinião, é o anti-futebol. E isso independe da qualidade do elenco. Que o digam os tricolores.

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Bruno Porpetta