quarta-feira, 20 de maio de 2015

Cavalo selado

A teledramaturgia brasileira, que nos enche de orgulho pelo mundo afora, às vezes peca pelo roteiro pronto. Uma repetição de histórias com outros nomes, outras personagens e os mesmos dilemas e finais.

A vida é muito mais dinâmica, contraditória e curiosa do que as novelas. É na realidade que as pessoas se dão mais o direito de deixar passar o cavalo selado duas ou mais vezes, sem montá-lo.



A denúncia publicada por Jamil Chade, no Estadão, não chega a ser propriamente uma novidade, muito menos uma surpresa. É a comprovação documental do pão bolorento que é a CBF. A razão fundamental de cada gol alemão na Copa.

A CBF, que cuida mal de suas competições, terceirizou os cuidados com a seleção. Ou seja, a rigor, a entidade não faz nada, a não ser ganhar dinheiro. Dá saudades de caras como João Saldanha, que nunca admitiria a escalação de qualquer jogador por qualquer outra pessoa que não fosse ele mesmo.

A MESMA PRAÇA, O MESMO BANCO...

Sob nova direção, a CBF continua gerando renda (e não é pouca) ao ex-fugitivo Ricardo Teixeira. Através da seleção, mediando negociações de contratos. Passeando pelo mundo em paraísos fiscais.

É lamentável o “piti” de Walter Feldman, na Folha, contra Juca Kfouri. Sobram adjetivos para definir essa manifestação histérica e patética do homem responsável pela aproximação ainda maior e mais perigosa da CBF com o Congresso, de Eduardo Cunha e Renan Calheiros.

Não há nada de novo na CBF, como não havia na política nas últimas eleições. O projeto Marina, que mostrou-se mais do mesmo e tinha como parte o senhor Feldman, explica bem o que é a CBF atual. Mais do mesmo.


Já houve uma CPI da CBF, que deu com os burros n’água. Haverá outra? É hora de montar o cavalo.


Valeu,

Bruno Porpetta

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Bruno Porpetta